Skip navigation
  • Quem é Moacir Gadotti
  • A Biblioteca
  • O Acervo
  • Google Acadêmico
  • Contato

Moacir Gadotti

Toda a minha vida foi marcada pela primeira infância, residindo na zona rural de Santa Catarina: a necessidade de ter espaço ao redor, de respirar profundamente, de deitar no chão. Gostava de andar na chuva, de tomar água com as mãos, de andar muito, apreciar as flores, as árvores, as pedras; aprendi a ser livre, a andar em qualquer direção sem me amarrar a nada, a nenhum caminho já feito, já dito, já traçado, já acabado. Ao mesmo tempo, a dureza do campo me formou rude, não aprendi a amaciar as palavras: aprendi a dizer francamente o que pensava, com simplicidade, aprendi a acreditar ingenuamente na transparência dos outros. Não aprendi, na roça, a dizer as coisas com elegância. O que penso, digo sem meias medidas.

Estudei com dificuldades. Tudo o que aprendi, aprendi lutando, com esforço, quebrando a cara. A vida tem sido minha escola. Valorizo muito, por isso, o esforço, a decisão, a vontade, a atenção, ao lado da transparência, da honestidade, do respeito, da ética. Os filhos das classes populares precisam fazer muito esforço para enfrentar as desvantagens iniciais em relação aos colegas das classes médias.

Gosto de política, história, arte, psicologia e informática. Iniciei o mestrado em lógica matemática na USP e depois desisti. Já trabalhei como eletricista, escriturário, vendedor de máquinas agrícolas e, ao mesmo tempo, fui professor de piano, professor de recreação em pré-escola, professor particular de matemática para o ginásio, apresentador de programas culturais de rádio, produtor de TV e cinema e, quando estava fazendo doutorado, em Genebra, como a bolsa não era suficiente, complementava o salário como trabalhador braçal, descarregando geladeiras e fogões numa transportadora, onde pude ter contato com trabalhadores italianos, espanhóis, portugueses, iugoslavos e de outras nacionalidades, que migraram para a Suíça.

Gosto de caminhar. Caminho muito, com meus filhos, assim como fazia com meus pais. Creio que nenhum amor subsiste sem longas caminhadas. Creio com Tomás de Aquino que vivere est se ipsum movere. Caminhar juntos é importante para resolver problemas familiares, intelectuais, amorosos etc. É minha terapia predileta. Gosto também de caminhar sozinho, sobretudo quando estou triste ou aborrecido.

Gosto de dar aulas, aulas simples, sem sofisticação. Gosto de ler textos em classe. De comentá-los. Ao mesmo tempo, sinto-me mal se a classe começa a dispersar-se, sair fora de um certo roteiro, de um certo plano. Sou exigente com os compromissos assumidos. Não consigo desmarcar nada do que está na agenda. Sinto dificuldade em dizer “não” quando me chamam para alguma palestra ou debate e isso me traz muitas encrencas, muitas jornadas cansativas, muitas horas de sono perdidas.

Biblioteca

Quando eu estudava no colégio Dom Bosco, em Ascurra / SC, assumi o cargo de bibliotecário da escola, que tinha aproximadamente 400 livros. Sempre fui um leitor voraz. Lembro-me de ter lido, em poucos anos, quase toda essa biblioteca.

Minha relação com os livros é de profundo amor e paixão. Por isso, a leitura me levou a escrita. Durante todas as minhas viagens sempre visitei livrarias e bibliotecas. Como era apaixonado pelos livros, fui adquirindo muitos deles, tanto em livrarias quanto em sebos em diferentes partes do mundo.

Assim foi se constituindo uma biblioteca que já chegou a ter 5mil volumes. Como ela sempre esteve disponível para meus alunos, muitos deles pediam livros emprestados que nunca foram devolvidos, pois eles também se apaixonavam pelo mesmo livro. Raramente pedia o livro de volta. Dessa forma ela foi diminuindo de tamanho. Mas isso nunca me causou dor. Fico feliz quando alguém se dedica a leitura de um bom livro. Isso me levou também a doar muitos dos meus livros.

Hoje a minha biblioteca, que tem mais de 60 anos de idade, é constituída apenas por livros que chamo de imperdíveis para mim. Creio que o mais importante de tudo é preservar os clássicos. Para ter futuro, nós precisamos estar profundamente ligados aos nossos clássicos.

O acervo

O acervo Moacir Gadotti nasceu do desejo de seu proprietário disponibilizar, de maneira simples, gratuita e sustentável, toda a sua produção bibliográfica, construída ao longo dos seus mais de 40 anos de trabalho pela construção de uma Educação Cidadã para um outro mundo possível.

Este acervo bibliográfico é composto por artigos publicados em jornais, revistas e anais de eventos; prefácios; posfácios; resenhas; publicações acadêmicas e também muitos de seus livros e algumas traduções de suas principais obras.

Mas todos esse trabalho bibliográfico é fruto de uma trajetória incansável de militância que resultou também no acúmulo de diversos materiais, tais como: certificados; credenciais de eventos (como a Rio 92 e outras atividades relacionadas principalmente as temáticas: educação, sustentabilidade e direitos humanos); materiais de palestras; fotografias; placas e homenagens recebidas, destacando também o registro de passagens importantes de sua vida, como o recebimento do título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, em 2000.

Moacir Gadotti também concedeu muitas entrevistas e acumulou uma série de registros em vídeo e áudio, além de outros documentos pessoais e escolares que marcaram a trajetória do educador desde o seu inicio, quando ainda era aluno do ensino fundamental em Rodeio / SC.

A diversidade tipológica desses materiais torna pública uma parte da vida e a obra do educador com o intuito de expandir os conceitos por ele tratado, fazendo com que sua obra e sua história sigam em constante movimento e possam até mesmo ser reinventados.

Contato

O Acervo do professor Moacir Gadotti está sobre os cuidados do Centro de Referência Paulo Freire Para maiores informações consulte-nos.

Centro de Referência Paulo Freire Rua Cerro Corá, 550 – 1º Subsolo - Alto da Lapa - São Paulo – SP CEP 05061-100 Tel.: (11) 3021-5536

E-mail: acervo@gadotti.org.br
Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 9h às 18h ( agendamento prévio)

Notícias sobre o Paulo Freire Memória e Presença

Vejam o que já saiu na mídia sobre o projeto:

Lançamento do Projeto Paulo Freire Memória e Presença

Inclusive – Inclusão e Cidadania

Projeto “Paulo Freire Memória e Presença” disponibiliza mais de 3 mil fotos

UCS – Universidade de Caxias do Sul – Sistema de Bibliotecas – Blog

Coletivo Digital colabora com o Projeto Paulo Freire Memória e Presença

Coletivo Digital

Projeto “Paulo Freire Memória e Presença” disponibiliza mais de 3 mil fotos

Blog do Mídias na Educação

Paulo Freire Memória e Presença preservação e democratização do acesso ao patrimônio cultural brasileiro

Instituto Paulo Freire

IPF inicia projeto Paulo Freire Memória e Presença

Instituto Paulo Freire

Projeto Paulo Freire Memória e Presença apresenta atividades realizadas em 2011

Instituto Paulo Freire

Parceria com IPF para divulgação da obra de Paulo Freire é npoticiada no site da USP.

Instituto Paulo Freire

Paulo Freire Memória e Presença... preservação e democratização do acesso ao patrimônio cultural brasileiro

Recursos Educacionais Abertos

Paulo Freire, agora na internet.

Biblioteca da Casa Civil

USP disponibiliza obras de Paulo Freire na internet usando Dspace

Biblioteca Nova Friburgo – Superintendência de Documentação

Obras de Paulo Freire disponíveis na internet

Pavablog

Projeto MOVA leva alfabetização aos jovens e adultos de todo Brasil

Globo.com

Parceria de USP e Instituto Paulo Freire coloca obra do educador na internet

USP

Paulo Freire, agora na internet

Diário Oficial – Poder Executivo

Projeto MOVA leva alfabetização aos jovens e adultos de todo Brasil

Cornélio Notícias

Plataforma Corisco os casos da Brasiliana USP e do Instituto Paulo Freire

Workshop Software Livre - Sociedade Brasileira de Computação

Listar Por

  • Títulos
  • Autores
  • Assuntos
  • Por data do documento
  • Tipo do Documento

Ultimas Publicações