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Título: Internacionalização da agenda da educação na América Latina
Autores: Gadotti, Moacir
Palavras-chave: América Latina; Educação; Banco Mundial
Data de publicação: 27-Oct-2000
Editora: Grupo de Trabalho "Educação e Sociedade" - CLACSO em parceria com o Instituto Paulo Freire
Resumo: Examinamos as “Estratégias setoriais do ano 2000” do Banco Mundial. Esse documento trabalha com a visão de “governo” (aparatos administrativos) e não com a noção de “Estado”. A dimensão simbólica do Estado e a noção de cidadania não estão presentes neste documento do Banco Mundial. O Estado não apenas financia, mas constrói sentido (direitos, cidadania...). O Banco trabalha com a noção de cidadão como sendo um cliente, um consumidor, com a noção de “liberdade de escolha”. O cidadão precisa apenas ser bem informado para “escolher”. Por isso ele precisa saber do “ranking” das principais escolas, as “melhores”. Esse cidadão não precisa ser emancipado. Precisa apenas saber escolher. Os governos devem ser eqüitativos nos gastos, segundo esse documento, privilegiando os pobres, delegando funções aos pais. Os ricos devem pagar pelo ensino. Filantropia para os pobres e Mercado para os ricos. De um lado os tutelados, os necessitados e, de outro, os globalizados. Para o Banco, o Estado deve abandonar a idéia de igualdade (socialização) para assumir a eqüidade (atenção para com as diferenças). Considera a educação como um serviço e não como um direito. O argumento do Banco é o de a universidade pública foi criada para os pobres, mas eles não chegam a ela. A gratuidade indiscriminada é injusta.
URI: http://gadotti.org.br:8080/xmlui/handle/123456789/437
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